“Bem aventurados...felizes...” quem são e onde estão?
Mateus 5. 1- 11.
Você
é uma pessoa feliz? O que lhe falta para realmente você se sentir feliz?
Aquela
bolsa da vitrine? Aquele carro ou aquele apartamento? A volta daquele que se
foi? Voltar a amar? Prazer, sentimento, satisfação, saciedade, sorriso, etc,
tudo isso é emocional, faz parte das sensações. São mecanismos de gratificação
mental que muitos se utilizam deles para aferir a felicidade. Ah! Se eu
tivesse... se eu comprasse... se eu recebesse... eu seria feliz! Nao é assim,
que muitos dizem e almejam?
Jesus
nos ensina que felicidade é atitude. Os atos de felicidade são fundamentados na
ética do verdadeiro Amor, que se porta com humildade; com sensibilidade; com
docilidade; com altruísmo; com misericórdia; com pureza; com harmonia; com
suportabilidade (Mateus 5.3-10). Os mecanismos de ação do amor, as atitudes de
felicidade dão sabor ao que fazemos, como o sal o faz nos alimentos e como a
luz dissipa as trevas. ( Mateus 5.13-16). Não é necessário revogar leis,
excluir profetas, questionar dogmas. A ética de Jesus, reafirma a lei e exorta
à obediência mostrando que é possível ir além dos limites da lei com o amor.
“ouvistes o que foi dito... eu porém vos digo” (Mateus 5.17-48) isso é amor. Ao
cuidarmos no nosso excesso de justiça, da nossa própria vaidade, da nossa
hipocrisia é tratarmos o nosso eu, o nosso egoísmo (Mateus 6.1-8). Cumprir a
lei sem amor, é legalismo e escravidão enquanto obedecer à lei com amor, é
liberdade. O combustível do amor é a oração, a entrega, a doação no secreto da
nossa alma onde o Pai vê e recompensa (Mateus 6.6,18). Jesus nos ensina a orar
chamando Deus de Pai nosso, por que Ele
é a referência e a origem de todas as leis; é santificado o Seu nome por que
Ele é separado de todas as coisas; é desejado que venha o seu Reino por que a
Soberania do Pai é absoluta, assim como
a Sua vontade é sempre a melhor; o cuidado do Pai se manifesta no pão
nosso de cada dia e a sua misericórdia nos envolve pelo seu perdão. Somente
experimentando isso, somos capazes de perdoar e vencermos a tentação e sermos
livres do mal (Mateus 6.9-15). A disciplina do amor é ensinada pelo jejum
(Mateus 6.16-18) pois, a privação temporária do alimento disciplina o corpo,
mostrando-nos que é possível disciplinar a mente, a alma, pela privação dos
desejos exacerbados. Somente o poder de entrega do amor é capaz de nos aliviar
da ansiedade quanto ao ter ou fazer, comer ou vestir pois, entregar-se ao Pai é
ter a convicção de que somos mais valiosos que as aves do céu e que os lírios
do campo por que o Pai nos ama e, todas as demais coisas nos serão
acrescentadas quando assim o buscamos (Mateus 6.25-34). O amor é solícito por
que não se envergonha de pedir nem de buscar nem se detém diante de portas
fechadas. (Mateus 7.7-12). O amor não dá pedra a quem pede pão, nem serpente a
quem pede peixe mas, nos faz capaz de
fazermos ao próximo o que desejamos que nos façam (Mateus 7.12). O amor é uma
escolha difícil entre a porta larga do desejo e a porta estreita do compromisso.
A ética do amor só é possível por que está alicerçada sobre a rocha do próprio
Deus. Pois, Deus é amor. ( I João 4.8). Amém!
Rev
Tércio Alves de Lyra.